Quinta-feira, 02 de Maio de 2024

Home Saúde Autoridade de saúde dos Estados Unidos recomenda vacina da Pfizer contra a covid para crianças a partir de 6 meses

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Um painel de 21 consultores externos da Food and Drug Administration (FDA), agência que regula medicamentos nos Estados Unidos, votou a favor da liberação das vacinas contra covid da Moderna e da Pfizer/BioNTech para crianças de seis meses a quatro anos de idade. A decisão foi unânime.

A expectativa é que nos próximos dias a FDA tome uma decisão sobre a autorização para uso emergencial dos imunizantes nessa faixa etária.

A agência americana não é obrigada a seguir a recomendação do painel, mas em geral, é isso o que acontece. Em especial no que diz respeito a vacinas e medicamentos sobre a pandemia. Atualmente, não há nenhuma vacina aprovada contra a doença para crianças pequenas nos Estados Unidos.

Na última semana, a FDA já havia dito que os resultados dos ensaios clínicos conduzidos pelas empresas mostraram que as vacinas atenderam aos critérios de segurança e eficácia na faixa etária. A vacina da Pfizer para crianças de seis meses a quatro anos de idade é administrada em um regime de três doses. Já a da Moderna inclui crianças de seis meses a cinco anos de idade e consiste na aplicação de duas doses.

Ambas as vacinas geraram nas crianças pequenas níveis de anticorpos neutralizantes – aqueles que bloqueiam a entrada do vírus na célula – comparáveis ​​aos de adolescentes e adultos jovens de 16 a 25 anos. No entanto, sua eficácia preliminar contra casos sintomáticos da doença foi considerado baixo, em comparação com os estudos em outras faixas etárias.

O imunizante da Moderna é 51% eficaz na prevenção de infecções sintomáticas em crianças de 6 meses a 2 anos e 37% eficaz em crianças de 2 a 5 anos. Já o da Pfizer teve uma eficácia de 28% na prevenção de infecções sintomáticas em crianças de 6 meses a 4 anos de idade após duas doses.

A expectativa é que esse índice aumentará após a terceira injeção. Dados preliminares indicam que a eficácia subiu para 80% após a dose adicional. Mas como o número absoluto de casos ainda é baixo, ainda não é possível considerar este o índice final.

A FDA atribui a baixa eficácia contra casos sintomáticos à ômicron, que é muito mais hábil em evadir as defesas das vacinas contra a infecção do que as variantes anteriores. Vale lembrar que os estudos nas outras faixas etárias foram realizados quando a variante de Wuhan (China) e a delta estavam em circulação.

Dado o declínio da proteção das vacinas observado entre os receptores adultos e a rápida evolução do vírus, acredita-se que as crianças também precisarão de reforços. Isso significa que a vacina da Pfizer, desenvolvida com a empresa alemã BioNTech, poderia terminar em quatro doses, enquanto a da Moderna, em três.

Em relação aos efeitos colaterais, a grande maioria foi leve e tolerada pelas crianças em ensaios clínicos: irritabilidade e choro, sonolência, fadiga e perda de apetite. Um número menor de participantes apresentou febre, de forma semelhante ao observado em outras vacinas pediátricas.

No Brasil, também não há nenhuma vacina contra covid aprovada para crianças pequenas. A expectativa é que após a liberação da FDA, as empresas entrem com o pedido de autorização de uso emergencial para essa faixa etária em outros países, incluindo o Brasil.

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