Quarta-feira, 21 de Maio de 2025

Home Economia Bolsa de Valores brasileira fecha a semana com queda de 2,31%

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A Bolsa de Valores brasileira voltou a fechar na última sexta-feira (22) em queda – desta vez, de 0,12%, aos 116 mil pontos –, elevando para 2,31% a perda acumulada na semana. Na outra ponta, o dólar fez o caminho inverso. Apesar da leve queda de sexta (-0,05%), a moeda subiu 1,26% desde segunda (18), fechando a R$ 4,93.

Segundo analistas, esses resultados refletem as preocupações dos investidores com a possibilidade de manutenção de juros altos por mais tempo nos EUA e na Europa. No caso do Brasil, a percepção é de que são pequenas as chances de o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central acelerar o ritmo de queda da Selic. Também voltou a entrar no radar do mercado o cenário de risco fiscal, diante das dificuldades do governo para aumentar a arrecadação e, assim, equilibrar as contas públicas.

Contingenciamento

Na sexta, os ministérios do Planejamento e Orçamento e da Fazenda anunciaram que será necessário fazer um bloqueio adicional de R$ 600 milhões no orçamento deste ano.

A informação consta do relatório de receitas e despesas do orçamento relativo ao quarto bimestre. O relatório é divulgado a cada dois meses.

Esse chamado “contingenciamento” é necessário para atender ao limite para gastos existente para ano de 2023 – aprovado no fim do ano passado por meio da chamada PEC da transição e confirmado no arcabouço fiscal (a nova regra para as contas públicas).

Esse é o terceiro bloqueio de gastos de 2023, que se somará aos outros dois anunciados anteriormente. Em maio, o governo já havia feito um contingenciamento de R$ 1,7 bilhão e, em julho, foi anunciado outra limitação de R$ 1,5 bilhão.

Com isso, o valor total do bloqueio de despesas no orçamento de 2023 subiu para R$ 3,8 bilhões.

O detalhamento de quais ministérios terão suas verbas limitadas será divulgado somente no fim deste mês. As despesas contingenciadas envolvem investimentos e custeio da máquina pública.

Os ministérios da Fazenda e do Planejamento também reduziram a previsão para o rombo nas contas do governo neste ano.

A expectativa da área econômica é de que o chamado déficit primário fique em R$ 141,4 bilhões em 2023, contra a projeção anterior, feita em julho, de resultado negativo de R$ 145,4 bilhões. O governo foi autorizado pelo Congresso a ter um rombo de até R$ 238 bilhões neste ano.

O déficit primário acontece quando as despesas ficam acima das receitas e não considera os gastos com os juros da dívida pública. Quando as receitas são maiores, o resultado é de superávit.

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