Domingo, 13 de Julho de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 29 de dezembro de 2021
A OMS (Organização Mundial da Saúde) alertou nesta quarta-feira (29), que a circulação da variante ômicron do novo coronavírus continua sendo um risco global e, somada com a delta, os sistemas de saúde podem colapsar. O alerta ocorre dias após o mundo bater um novo recorde de contaminações por covid-19.
“O risco global relacionado com a nova variante de preocupação ômicron permanece muito elevado”, alertou a OMS em seu relatório epidemiológico semanal. O documento destaca que o número de casos dobra a cada dois a três dias.
Segundo o diretor-geral, Tedros Adhanom Ghebreyesus, a circulação simultânea das variantes delta e ômicron cria um “tsunami que deixa os sistemas de saúde à beira do colapso”.
“Estou extremamente preocupado que a ômicron, sendo mais transmissível e circulando ao mesmo tempo que a delta, esteja causando um tsunami de casos. Isto está colocando e continuará colocando imensa pressão sobre os já cansados trabalhadores da saúde, e os sistemas de saúde estão à beira do colapso”.
Na última segunda (27), o mundo registrou mais de 1 milhão de casos da doença em um único dia pela primeira vez. Desde então, vários países seguem batendo recordes diários de contaminações.
A média de casos tem girado em torno de 935 mil nos últimos sete dias, um número maior que o recorde anterior, registrado entre 23 e 29 de abril, de 817 mil casos diários em média. O dado desta quarta-feira representa uma alta de 37% na comparação com a semana antecedente.
Recordes na Europa e EUA
A maioria das novas infecções foi registrada na Europa, onde vários países anunciaram novos recordes históricos na terça-feira (28). Na França, 208 mil novos casos de covid-19 foram registrados nas últimas 24 horas, não muito atrás dos Estados Unidos, onde na terça foi registrada uma média semanal recorde de 265.427 casos diários, de acordo com a Universidade Johns Hopkins.
A Dinamarca é hoje o país do mundo com mais casos novos em relação à sua população: superou nesta quarta seu recorde absoluto ao registrar 23.228 novas infecções em 24 horas. A incidência dinamarquesa significa que mais de 1 em 60 habitantes apresentou resultado positivo na semana passada.
No Reino Unido, 130 mil casos adicionais foram relatados na terça-feira na Inglaterra e no País de Gales. Uma campanha massiva de vacinação de reforço já aplicou doses suplementares a 57% dos maiores de 12 anos. De acordo com o primeiro-ministro britânico Boris Johnson, 90% dos pacientes com covid-19 internados em terapia intensiva não receberam a terceira dose.
Na Espanha, onde quase 100 mil foram atingidos, o governo anunciou que vai reduzir a quarentena de dez para sete dias para pessoas infectadas pela necessidade de encontrar um equilíbrio entre “saúde pública” e “crescimento econômico”, disse o presidente Pedro Sánchez.
O aumento de contágios chegou à América Latina e Caribe, onde a epidemia parecia estar em retrocesso há algumas semanas. No momento, os contágios se aceleram na região, que acumula 47 milhões de infecções e quase 1,6 milhão de mortes.
A propagação coincide com o aumento de casos da variante ômicron no Panamá, Colômbia, Chile, Argentina, Brasil, Paraguai, Venezuela, México, Cuba e Equador. Na Argentina, os casos se multiplicaram por seis desde o início do mês.
No Ar: Pampa Na Tarde