Sábado, 11 de Maio de 2024

Home Brasil Delegada diz que caso de mãe e filha que moram em McDonald’s no Rio de Janeiro há quase 3 meses “é uma questão social”

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A delegada Thaianne Barbosa de Moraes Pessoa, da 14ª Delegacia (Leblon), localizada há 400 metros da unidade do McDonald’s onde mãe e filha estão vivendo há pelo menos três meses, afirmou que se trata de “uma questão social e não criminosa”. A delegada contou que nas últimas semanas recebeu denúncias anônimas sobre o caso, que ganhou repercussão nas redes sociais. De acordo com Thaianne, a permanência delas na lanchonete, apesar de inusitada, não configura crime. A menos que o estabelecimento se sinta lesado.

“A permanência delas no horário aberto para o comércio e consumindo os produtos não configura o crime por si só. Se, futuramente, o McDonald’s ou outras pessoas noticiarem outros elementos a esse fato que delimitem ali a ocorrência de um crime, a delegacia estará aberta para formalizar a investigação”, afirmou a delegada.

Susane Paula Muratoni Geremia, de 64 anos, e Bruna Muratori Geremia, de 31 anos, despertaram a curiosidade de muitos nas redes sociais e nos arredores da Avenida Ataulfo de Paiva, no Leblon, na Zona Sul do Rio, por passarem dia e noite no fast food com três malas de grande porte e outras menores.

As duas dizem que dormem em hotéis nas redondezas e que passam apenas as horas no estabelecimento. Tudo teria começado quando elas tiveram que sair de um apartamento alugado, em Copacabana.

A Secretaria Municipal de Assistência Social afirmou que, desde março, após ser acionada por moradores, vem oferecendo abrigo para mãe e filha. Os agentes teriam procurado as duas pelo menos três vezes, que recusaram o acolhimento alegando que “não precisamos de ajuda e não estão passando necessidades”.

Boletim de ocorrência

Na última quinta-feira (25), Bruna Muratoni chegou a registrar um boletim de ocorrência por injúria na delegacia do Leblon contra um suposto funcionário da lanchonete. A polícia ainda apura para identificar se o homem de fato trabalha no local.

Procurado, o Mc Donald’s ainda não se manifestou sobre o assunto.

“Não podemos criminalizar questões sociais sem elas adentrarem à esfera penal. Só podemos dar início a uma investigação caso a loja notifique”, esclarece a delegada.

Curiosidade

Uma multidão de curiosos tomou a calçada da lanchonete, com celulares para fazer imagens das duas. Ao ver tanta gente no lugar, um músico sentou em um banco e começou a tocar violão, pedindo doações.

O grande número de pessoas, no entanto, incomodou Bruna, que chamou a polícia. Do lado de fora, pedestres perguntavam se havia um tiroteio. Uma psicóloga que caminhava com a filha, viu que mãe e filha estavam cercadas de pessoas, e entrou para ajudá-las.

“Elas precisam de todo apoio, principalmente, o psicológico para lidar com tudo isso. Espero que as duas consigam resolver a situação financeira e encontrem um lar”, afirmou uma moradora do condomínio em frente à lanchonete.

Após chegar ao local, o policial militar Felix afirmou que conhece as mulheres por sempre fazer ronda no bairro.

“Elas não estão cometendo nenhum crime e não apresentam ameaça. Espero que consigam resolver a situação”, afirmou.

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