Quarta-feira, 15 de Maio de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 3 de março de 2023
Poucas horas após a nomeação de Alessandro Moretti como diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), já há manifestações contra o nomeado. O motivo é que ele seria bolsonarista pelo fato de ter exercido cargo de chefia durante o governo Bolsonaro.
Moretti assumiu em março de 2022 a Inteligência da Polícia Federal, cargo que ocupou até o fim do governo Bolsonaro. Nesta sexta-feira (3), ele voltou ao governo, mas sob a gestão de Lula e na Abin, principal órgão de inteligência do governo federal.
Ele foi secretário-executivo da Secretaria da Segurança Pública do Distrito Federal entre 2019 e 2021, na gestão de Anderson Torres — ex-ministro de Bolsonaro e atualmente preso.
Moretti é alvo de uma ala que está insatisfeita com os novos ares na Abin: militares e um grupo reduzido de servidores da própria agência. A nomeação aconteceu após a transferência da agência de inteligência para a Casa Civil, pasta comandada pelo ministro Rui Costa. A mudança acompanha a nova proposta para a Abin, que já havia sido adiantada pelo blog, que é de monitorar e identificar grupos extremistas nas redes sociais para se antecipar a ataques à democracia, como os ocorridos em 8 de janeiro.
A presença de alguém que teve cargo na gestão Bolsonaro, no entanto, foi recebida com rejeição de uma ala.
Nomes de confiança
No entanto, Moretti é um dos nomes de confiança do indicado pelo governo para o cargo de diretor-geral na agência, o delegado da PF Luiz Fernando Corrêa. Além disso, tem um histórico na PF que vai além de Bolsonaro.
No início dos anos 2000, o delegado integrou equipes e coordenou investigações contra contrabandistas em São Paulo e a máfia dos caça-níqueis no Rio de Janeiro. Também foi chefe de operações da PF em Minas Gerais e número 2 da Inteligência da PF em gestões petistas.
O delegado também atuou como responsável pela segurança dos ministros do STJ (Superior Tribunal de Justiça).
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