Sábado, 20 de Abril de 2024

Home Rio Grande do Sul Em Gramado, Museu de Cera retira de exibição uma réplica de Vladimir Putin

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Um dos principais destinos turísticos brasileiros, Gramado (Serra Gaúcha) passou a integrar nesta quarta-feira (2) a lista de cidades com museus de cera que deram o “cartão vermelho” a estátuas do presidente russo Vladimir Putin. A medida foi tomada pela Dreamland, empresa do ramo e que fez o mesmo em sua filial na cidade paulista de Olímpia.

De acordo com a direção do museu (localizado na avenida das Hortênsias, uma das mais movimentadas da região), trata-se de uma decisão temporária, que poderá ser revertida. O objetivo é manifestar repúdio à postura do líder de Moscou, responsável pela ordem de invasão militar à vizinha Ucrânia, em um conflito que já dura uma semana no Leste Europeu.

O fato é que muitos frequentadores talvez nem sintam falta da versão em cera do polêmico chefe do Kremlin, afinal não faltam opções na unidade de Gramado, inaugurada em 2009 como o primeiro do gênero na América Latina com foco no entretenimento. Se no início eram 36 estátuas, hoje são mais de uma centena, a maioria com alto grau de realismo.

A lista é ampla, em um acervo de vivos ou falecidos que inclui desde personalidades mundiais como a rainha britânica Elizabeth II, o ex-pugilista norte-americano Mike Tayson e os cantores Michael Jackson e Amy Winehouse. Há espaço, ainda, para  personagens antológicos como Homem-Aranha, James Bond, o pirata Jack Sparrow e o chefe mafioso Don Corleone, interpretado no cinema por Marlon Brando.

Almoxarifado internacional

A retirada da réplica (em tamanho natural) do líder russo também apareceu no noticiário internacional, nesta semana: na capital francesa Paris, o Museu Grévin mandou para o almoxarifado um boneco de cera do líder do Kremlin. Produzida há mais de 20 anos, a peça poderá ser substituída por outra, que reproduz o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.

“Não há clima político, na atual conjuntura, para exibir em nossa instituição um personagem como Vladimir Putin”, declarou o diretor Yves Delhommeau em entrevista à imprensa. “Pela primeira vez na história deste museu, estamos retirando uma estátua por causa de eventos históricos em andamento.”

A medida, no entanto, poder ter uma motivação adicional: o temor de que a repulsa gerada pelo presidente russo em boa parte da comunidade europeia acabe levando a novos atos de vandalismo. No fim de semana passado, a estátua de cera que o retratava foi danificada por visitantes.

(Marcello Campos)

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