Quarta-feira, 08 de Maio de 2024

Home em foco Governo russo considera prematuro encontro entre Biden e Putin

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O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse na segunda-feira (21) que o planejamento sobre um encontro entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, é prematuro. “Há um entendimento sobre o fato de ter que continuar o diálogo entre ministros (das Relações Exteriores). Falar sobre planos concretos para organizar reuniões de cúpulas é prematuro”, afirmou Peskov.

“Uma reunião é possível caso os chefes de Estado a considerem útil”, acrescentou, antes de afirmar que Biden e Putin sempre têm a possibilidade de conversar “por telefone ou de outra maneira quando necessário”.

A proposta de reunião foi anunciada após um fim de semana de gestão diplomática do presidente da França, Emmanuel Macron, que conversou duas vezes por telefone com Putin, além de ter dialogado com Biden e o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski. Paris destacou, no entanto, que o diálogo “não poderá acontecer se a Rússia invadir a Ucrânia”.

O esforço francês aconteceu no momento em que Rússia e Ucrânia trocam acusações de responsabilidade por novos combates na região leste separatista ucraniana.

A agenda da possível reunião deve ser preparada pelo secretário de Estado americano, Antony Blinken, e o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, segundo a presidência francesa.

O anúncio francês surpreendeu e contrasta com o temor de uma invasão russa da Ucrânia. Blinken insistiu no último domingo que a Rússia está “a ponto” de invadir o país vizinho.

A França chegou a anunciar que Putin e Biden aceitaram “a princípio” participar de uma reunião para evitar uma invasão russa na Ucrânia.

A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, declarou em um comunicado que o governo dos Estados Unidos está “comprometido com a diplomacia até o momento em que começar a invasão.”

“Também estamos preparados para aplicar sanções rápidas e severas se a Rússia optar pela guerra. E, atualmente, a Rússia parece continuar os preparativos para um ataque em grande escala muito em breve na Ucrânia”, afirmou Psaki.

Separatistas

Putin assinou na segunda um decreto que reconhece duas regiões do leste da Ucrânia como independentes. Com a medida, Donetsk e Luhansk não serão mais reconhecidas como território ucraniano, o que abre espaço para a livre movimentação de tropas russas em direção à capital ucraniana, Kiev.

Em discurso, Putin afirmou que o governo ucraniano não cumpriu promessas de cessar-fogo. “Preciso tomar uma decisão que já deveria ter tomado: reconhecer a independência”, disse Putin em rede nacional, segundo informa a agência pública de notícias de Portugal RTP.

Durante a fala, Putin acusou a Ucrânia de bombardear áreas civis e matar moradores das áreas separatistas. “A Rússia fez tudo o que podia para manter a integridade territorial da Ucrânia. Mas foi tudo em vão”, declarou. “Os governantes de Kiev têm de parar com estas hostilidades e derramamento de sangue em Donbass. Caso contrário, qualquer consequência terá de pesar nas suas consciências.”

Tanto o primeiro-ministro britânico Boris Johnson quanto o chanceler alemão Olaf Scholz já haviam advertido Putin sobre um possível movimento de anexação ou liberação dos territórios da parte leste da Ucrânia. A União Europeia prepara sanções econômicas que deverão ser anunciadas em breve contra a Rússia.

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