Sexta-feira, 26 de Abril de 2024

Home em foco Máscara de pano não garante proteção contra nova variante do coronavírus

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A máscara tem sido nossa principal armadura contra a covid-19, desde o início da pandemia. No entanto, com o surgimento da ômicron, especialistas levantaram um alerta: máscaras de pano ou cirúrgicas podem não fornecer a proteção necessária contra a variante.

Máscaras de tecido são eficientes contra nova variante do coronavírus?

Durante uma entrevista realizada para O Globo, o pesquisador Vitor Mori, membro do Observatório COVID-19 BR, apontou que, embora se saiba que a variante recém-descoberta é mais transmissível, a ciência ainda não tem certeza se as pessoas infectadas com a ômicron carregam mais vírus, se a localização da carga viral facilita o caminho ou se a quantidade de vírus necessária para infecção é menor. Do ponto de vista do especialista, é necessário usar uma máscara melhor nesse período de incertezas.

Qual usar

O pesquisador garante que a máscara mais segura é a PFF2 (Peça Facial Filtrante com grau de filtragem 2), que conta com a aprovação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Para obter essa classificação, o item precisou mostrar uma eficiência mínima de filtragem de partículas de 94%.

Uma alternativa é a KN95. Trata-se de uma versão bem parecida da PFF2, mas sem os mesmos certificados.

Caso você não tenha nenhuma dessas em mãos no momento, o pesquisador recomenda usar uma máscara cirúrgica com uma de pano por cima. A ideia é que a cirúrgica cumpra a função de filtrar, enquanto a de tecido ajuda a ajustar melhor em seu rosto. “Mas essas duas opções [cirúrgica e de pano] representam risco grande em espaços fechados com muita gente”, alerta o pesquisador.

No início de dezembro, falamos sobre a Phitta Mask, uma máscara que pode proteger o usuário das variantes Delta, Gamma e Zeta. O item teve sua eficácia atestada pelo Instituto de Química (IQ-USP) e pelo Instituto de Ciências Biomédicas (ICB-USP) da Universidade de São Paulo. Os pesquisadores agora se concentram em atestar sua eficácia contra a ômicron.

Tipos

— PFF2:  Máscaras do tipo PFF2 são consideradas as melhores para prevenir a transmissão aérea do vírus. Ela é feita com camadas de material com uma porosidade menor, que retém 95% das partículas suspensas no ar (como vírus e bactérias), além de vedar melhor o nariz e a boca.

— KN95: O nome KN95 diz respeito ao padrão na Ásia, enquanto N95 é usado nos Estados Unidos e PFF2, no Brasil. Em tese, os três são iguais, mas a KN95 não é aprovada nos EUA, e vários dos seus modelos foram reprovados pela Anvisa, por não atenderem ao critério exigido de filtragem de 95% das partículas.

— Cirúrgica + pano: Um estudo realizado pelo Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos mostra que a combinação de máscara cirúrgica e de pano garante um ajuste mais apertado ao redor do rosto e reduz em 95% a exposição aos aerosóis – as partículas suspensas no arque podem conter o coronavírus. Usadas separadamente, porém,sua eficácia varia de 40% a 50%.

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