Sábado, 18 de Maio de 2024

Home Saúde Medicamento contra o câncer pode expulsar vírus do HIV de pessoas infectadas

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Um medicamento indicado contra o câncer teve sucesso contra o vírus do HIV em pessoas que têm as duas doenças. Pesquisadores apontam que a imunoterapia com este remédio pode ajudar a deslocar o vírus das células imunes humanas, oferecendo uma intrigante área de estudo para o tratamento da infecção crônica pelo vírus causador da Aids. Ainda serão necessários mais estudos para entender os efeitos do medicamento no combate ao vírus.

Conhecido como pembrolizumab, o imunoterápico Keytruda é um anticorpo monoclonal (proteína de defesa fabricada em laboratório a partir de células vivas) projetado para ajudar o próprio sistema imunológico do corpo a combater o câncer, bloqueando uma proteína conhecida como receptor de morte programada (PD-1) usado por tumores para evitar células que combatem doenças.

Publicado no dia 26 de janeiro na revista na Science Translational Medicine, o estudo envolveu 32 pessoas com câncer e HIV por meio do Fred Hutchinson Cancer Research Center, em Seattle, Estados Unidos. Os participantes também estavam sendo tratados com medicamentos antivirais eficazes para o HIV. As evidências apontaram que o pembrolizumab pode reverter a capacidade do vírus de “se esconder” nas células de pessoas vivendo com HIV em terapia antirretroviral (medicamentos utilizados para o tratamento de infecções por retrovírus, especialmente o HIV).

“Pembrolizumab foi capaz de perturbar o reservatório de HIV”, disse a professora Sharon Lewin, diretora do Instituto Peter Doherty para Infecção e Imunidade em Melbourne, Austrália, em um comunicado. Seu grupo analisou amostras de sangue coletadas dos participantes do estudo antes e após o tratamento com o medicamento.

A cientista informou que o trabalho continuará nas amostras para entender como o pembrolizumab modifica a resposta imune ao HIV. Ela disse que os pesquisadores esperam que isso “acelere o sistema imunológico para matar as células infectadas pelo HIV da mesma forma que faz com o câncer”.

Câncer de mama

A mamografia é o principal meio de detecção, em fase inicial, do câncer de mama. Porém, desde o início da pandemia, a procura pelo exame diminuiu drasticamente. Os dados mais recentes do Ministério da Saúde mostram uma queda de 84% no número de exames realizados, em 2020, pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“Com medo do contágio pelo novo coronavírus, muitas mulheres não fizeram a rotina anual de prevenção de muitas doenças. E não foi diferente com o câncer de mama. Grande parte dos casos suspeitos deixaram de ser diagnosticados. Isso faz com que o prognóstico piore bastante e a efetividade do tratamento diminua consideravelmente. Claro, tudo isso impacta fortemente na qualidade de vida da pessoa”, ressalta a Dra. Rosângela Bueno, médica radiologista.

A especialista enfatiza que a mamografia pode salvar vidas, já que o rastreamento revela com precisão lesões não palpáveis e milimétricas. “Ela é considerada o exame padrão ouro, pois identifica tumores menores do que 1 cm e lesões ainda no estágio inicial. Ou seja, é determinante para a descoberta do câncer de mama logo no início, o que aumenta as chances de cura em 90% dos casos”, destaca.

O câncer de mama, no Brasil, é o segundo mais comum na população feminina. Dessa forma, o rastreamento mamográfico deve ser feito a partir dos 40 anos para assintomáticas e sem histórico familiar. “As principais entidades médicas recomendam a realização até os 74 anos. Após essa idade, as mulheres com expectativa de vida superior a 7 anos devem continuar fazendo o exame”, explica a radiologista.

A especialista finaliza alertando sobre as consequências de se adiar a vigilância ativa desse tipo de câncer. “No pós-pandemia há grandes chances de observarmos um aumento considerável de diagnósticos tardios. A mamografia é primordial para a redução das taxas de letalidade do câncer de mama. A nossa batalha pela detecção precoce deve continuar, por ela significar um maior número de pacientes curados”, conclui a dra. Rosângela.

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