Quinta-feira, 05 de Dezembro de 2024

Home Esporte Primeira mulher a narrar uma Copa do Mundo em TV aberta ganha espaço e ajuda a quebrar tabus

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Há uma década, Renata Silveira nem se imaginava como narradora. Formada em educação física, ela tinha intenção em seguir carreira no jornalismo esportivo, mas como repórter ou talvez em alguma função nos bastidores. Foi um concurso para a Rádio Globo do Rio em 2014, porém, que mudou para sempre o rumo de sua carreira. No ano passado, ela se tornou a primeira brasileira da história a narrar uma Copa do Mundo em TV aberta, durante o Mundial do Catar. Daqui a poucos dias, irá repetir o feito, agora na Copa do Mundo feminina, que será disputada na Austrália e Nova Zelândia.

“A Globo transmite Copas desde 1970, e (apenas) em 2022 pela primeira vez uma mulher estava lá para narrar os jogos, então foi muito importante. Nunca imaginei estar nesse lugar, nunca nem imaginei ser narradora, imagina narrar na Globo uma Copa do Mundo. Então, eu estou vivendo intensamente tudo isso que está acontecendo. Eu entrei na Globo em 2021, mas parece que já estou há dez anos de tanta coisa que já aconteceu, de tantos jogos, de tantas competições, de tantas conquistas”, disse Renata.

E continua: “Agora, vou me tornar a primeira mulher a narrar um jogo de Copa do Mundo feminina na TV aberta. Vai ser a minha primeira Copa do Mundo feminina. Já narrei três Copas do Mundo masculina, 2014, 2018 e 2022. A de 2022 foi a minha primeira na Globo. E agora é esse momento especial, e é muito especial porque a gente fala sobre luta e resistência. Quando a gente fala de futebol feminino é diferente. Além da gente falar dos jogos, das competições, das atletas, a gente vai falar também de toda a luta delas, da modalidade, de como a gente está desenvolvendo e ganhando principalmente de 2019 para cá. Eu acho que a comparação tem que ser sempre em relação ao futebol feminino mesmo”.

Para a narradora, o futebol feminino vem crescendo nos últimos quatro anos. “De 2019 para cá a gente fala do futebol feminino, das competições e eu como narradora também. Em 2018 eu estava ali começando um sonho e agora ser essa referência, ser essa inspiração, ser a primeira mulher a narrar… Quem dera que outras mulheres já tivessem feito isso… Teria menos responsabilidade, menos cobrança, mas com certeza é um momento, uma vitória, uma conquista. Eu estou com esse foco de me cobrar menos e aproveitar mais tudo isso que a gente está vivendo, porque a gente tem muito a comemorar.”

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