Segunda-feira, 20 de Maio de 2024

Home Variedades Relembre as trajetórias das cantoras Leny Andrade e Doris Monteiro, que morreram nessa segunda

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A música brasileira está de luto com as mortes das cantoras Leny Andrade, aos 80 anos (de pneumonia e broncopatia inflamatória), e Doris Monteiro (de causas naturais), aos 88.

Leny deixou uma lista de interpretações marcantes, dando toques jazzísticos a obras de grandes nomes da MPB. Já Doris foi uma das precursoras da Bossa Nova, com um canto característico, baseado em divisões rítmicas inovadoras.

Leny

Carioca, nascida no berço da bossa nova e de algumas matrizes do samba, Leny Andrade é um grande nome da música brasileira.

Ausente dos cenários musicais por questões de saúde, a cantora gravou sua última música em 2022: o single gravado com o pianista Gilson Peranzzetta para festejar seus 80 anos. A música é uma composição do ano de 1957, pelos compositores Antonio Carlos Jobim e Dolores Duran.

A artista totaliza 34 álbuns lançados entre 1961 e 2018, com destaque para títulos como A sensação (1961) e Estamos ai (1965). Leny sempre foi orgulhosa de dar vozes a composições de autores brasileiros e cantava português dentro e fora do país.

Leny era amiga do cantor americano Tony Bennett, e o cantor chegou até a desenhá-la. Ele morreu na última sexta (21).

Ela foi uma grande intérprete de compositores como Antonio Carlos Jobim (1927-1994), Djavan, Ivan Lins e Roberto Menescal, entre outros gênios da música brasileira. Leny se formou no Conservatório Brasileiro de Música.

A cantora também morou no México, Estados Unidos e vários países europeus, mas era o Rio que tinha o coração da carioca flamenguista.

Leny teve sua estreia profissional como crooner da orquestra de Permínio Gonçalves. Já o sucesso chegou em 1965, com o espetáculo Gemini V, com Pery Ribeiro e o Bossa Três. O show foi no Porão 73, onde um disco ao vivo foi gravado.

Considerada pelo New York Times como “um misto de Sarah Vaughan e Ella Fitzgerald da bossa nova”, Leny Andrade ganhou o Grammy Latino em 2007 juntamente com Cesár Camargo Mariano.

Doris

Nascida Adelina Doris Monteiro, a carioca começou a cantar profissionalmente ainda na adolescência, no fim da década de 40. Nos anos 50, ela se consagrou como uma das maiores intérpretes do País.

Em 1951, ela gravou o primeiro álbum. No ano seguinte, ela foi eleita a “Rainha dos Cadetes”. Na fase inicial da discografia de Doris – que compreende 15 discos de 78 rotações editados entre 1951 e 1956 pelas gravadoras Todamérica e Continental – a voz macia da cantora começou a se impor em cena ainda dominada por interpretações sentimentais, à moda das interpretações das rainhas Angela Maria (1929 – 2018) e Dalva de Oliveira (1917 – 1972).

São dessa fase seminal de Doris os sucessos: Se você se importasse (Peter Pan, 1951) e Dó ré mi (Fernando César, 1955). Ao longo dos anos 1950, Doris se consagrou como uma das principais vozes femininas do país.

Doris também trabalhou no cinema. Ela participou de pelo menos dez filmes e atuou ao lado de nomes como Mazzaroppi, José Lewgoy e Tônia Carrero.

Ao longo dos anos 1960 e 1970, Doris Monteiro mostrou um trabalho mais maduro e deu voz a trabalhos de Roberto Menescal, Ronaldo Bôscoli, Carlos Lyra, Eumir Deodato, Vinícius de Moraes, Roberto Carlos e Erasmo Carlos entre outros compositores.

Em janeiro de 2020, Doris se juntou a Claudette Soares e a Eliana Pittman para gravar em estúdio um disco com o registro do show ‘As divas do sambalanço’, apresentado pelo trio ao longo de 2019 com produção de Thiago Marques Luiz.

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