Sexta-feira, 26 de Abril de 2024

Home em foco Amizade com a Rússia é “sólida como uma rocha”, diz a China

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A amizade entre China e Rússia permanece forte, apesar da condenação internacional da invasão russa da Ucrânia, afirmou o ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, antes de destacar que seu país está disposto a participar em uma mediação de paz.

“A amizade entre os dois povos é sólida como uma rocha e os projetos de cooperação entre as partes são imensos”, disse Wang.

O ministro acrescentou que a China enviará ajuda humanitária à Ucrânia e que o país está disposto, “se for necessário”, a “trabalhar com a comunidade internacional em uma mediação” para acabar com a guerra.

“China e Rússia, membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, são (…) sócios estratégicos muito importantes um para o outro”, respondeu ao ser questionado sobre a posição de Pequim a respeito das sanções internacionais contra Moscou.

Wang considerou ainda que os dois países “contribuem” para a paz e estabilidade do mundo.

A amizade entre os dois países “é um exemplo de relação digna, onde os dois países se ajudam e se apoiam mutuamente”, afirmou no mês passado o presidente russo Vladimir Putin.

Mediação

O presidente Xi Jinping disse nesta terça (8) que a China está disposta a “trabalhar ativamente” com a comunidade internacional para mediar a guerra na Ucrânia, mas não deu detalhes e reiterou sua oposição às sanções ocidentais contra a Rússia.

Durante uma ligação com o chanceler alemão, Olaf Scholz, e o presidente francês, Emmanuel Macron, Xi disse que a situação na Ucrânia era “preocupante” e a China estava “profundamente entristecida pela eclosão da guerra novamente no continente europeu”, de acordo com um comunicado do Ministério das Relações Exteriores da China.

“A China permanecerá em comunicação e coordenação com a França, a Alemanha e a UE e, à luz das necessidades das partes envolvidas, trabalhará ativamente em conjunto com a comunidade internacional”, disse o comunicado, acrescentando que todos os esforços que “conduzem à solução pacífica da crise devem ser apoiados.”

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores da China, Scholz e Macron disseram que seus dois países estão prontos para fortalecer a comunicação e a coordenação com Pequim para promover negociações de paz.

China e Rússia compartilham um interesse estratégico em desafiar o Ocidente, mas a invasão da Ucrânia colocou sua amizade à prova.

A China não condenou diretamente o ataque da Rússia ou impôs sanções a Moscou – mas também não se apressou em ajudar a Rússia depois que sua economia foi atingida por sanções de todo o mundo, com especialistas dizendo que as opções de Pequim são limitadas.

Analistas dizem que bancos e empresas chinesas também temem sanções secundárias se negociarem com colegas russos.

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