Quinta-feira, 18 de Abril de 2024

Home Você viu? Disney causa polêmica ao usar tragédia de ator real para criar vilão em novo filme

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O novo filme dos famosos esquilos Tico e Teco tem causado uma enorme controvérsia. Principalmente em se tratando do uso da trágica vida de um ex-astro mirim com uma animação que sempre foi amada pelas crianças. ‘Tico e Teco: Defensores da Lei’, novo filme da duplinha, tem uma ‘pegada’ mais anárquica em relação às produções protagonizadas pelos personagens, e vem sendo comparada a ‘Uma Cilada Para Roger Rabbit’ (1988) e o uso de um Peter Pan adulto e decadente como um de seus personagens foi encarado de forma ofensiva por parte do público.

Para aqueles que não curtem spoilers, agradecemos imensamente por chegar até aqui, mas com tristeza no coração pedimos que não prossiga. Para os outros que não se incomodam em saberem detalhes do longa ou já o assistiram, “senta que lá vem história”. Entre as várias participações especiais do filme – que inclui até a primeira versão ‘feia’ do personagem Sonic – há um Peter Pan, que deixa de ser menino que nunca cresce e acaba sendo um vilão envelhecido e decadente.

O ex-líder dos Garotos Perdidos explica que passou para o time do Mal depois que o estúdio o chutou para o meio-fio quando ele começou a envelhecer e como ele ficou cansado. E muitos viram isso como uma piada de muitíssimo mal gosto com a trágica vida do ator Bobby Driscoll, a primeira estrela mirim a ter contrato de exclusividade com a Disney.

Bobby trabalhou com os estúdios Disney entre as décadas de 1940 e 1950, sendo ele o “molde” para o personagem Peter Pan no clássico de animação, quando o estúdio usava atores reais para as suas animações com a técnica de rotoscopia.

Infelizmente, anos depois, o garoto famoso por estrelar ‘A Canção do Sul’ e ‘A Ilha do Tesouro’, protagonizou uma outra história, essa real, que se aproxima muito de ser uma lenda urbana, que diz que o ator, aos 16 anos e já sofrendo os efeitos da puberdade, não teve seu contrato renovado com a Disney. É notória a passagem que diz que sua ‘demissão’ se deu pela antipatia que o ex-chefe Howard Hughes nutria por atores e atrizes mirins.

Ele então deixou a casa dos pais e viajou para Nova York, onde estudaria atuação. No que se seguiu, ele entrou em um relacionamento com uma mulher com quem teve duas filhas, foi ao México e retornou à Grande Maçã anos depois, enfrentando o abuso de drogas e alguns episódios que o levaram à cadeia. Aos 31 anos ele foi encontrado morto por crianças em um velho apartamento. Enterrado como indigente, acabou tendo o corpo encontrado pela mãe, que procurava por ele para que ele tivesse um último momento com seu pai, prestes a morrer.

E é por conta dessa triste trajetória que a Disney acabou entrando em uma grande controvérsia, já que, ao tocar, mesmo que acidentalmente, em um tema tão delicado, muitos viram como desrespeito à vida do homem que um dia foi o principal personagem masculino do estúdio.

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