Quarta-feira, 24 de Abril de 2024

Home em foco Em baixa nas pesquisas eleitorais, senador Rodrigo Pacheco deve abrir mão de pré-candidatura à Presidência

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A pré-candidatura à Presidência de Rodrigo Pacheco (MG) pelo PSD esfriou antes mesmo de começar. Aliados do presidente do Senado já consideram que ele desistiu de pleitear o cargo devido ao cenário polarizado entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que aparecem à frente nas pesquisas eleitorais. Segundo os levantamentos, o senador consegue alcançar no máximo 1% das intenções de voto.

Na avaliação de membros do PSD, como Pacheco é desconhecido por grande parte da população, a dez meses da eleição ele já deveria estar se movimentando pelo País para ao menos tentar mudar essa realidade. A ideia inicial era que ele aproveitasse o recesso parlamentar para viajar a diferentes Estados, o que não ocorreu.

O senador optou por tirar alguns dias de férias, manteve-se recluso em Minas Gerais nas primeiras semanas de janeiro e evitou aparições públicas, atuando de forma inversa à dos demais presidenciáveis. Nas redes sociais, o presidente do Senado permanece com o conteúdo limitado para aqueles que não o seguem.

Um correligionário de Pacheco disse, em caráter reservado, que tudo indica que a candidatura não será lançada porque o presidente do Senado “não se mexeu, não deu um passo” para viabilizá-la. Outro membro do PSD ouvido pela reportagem destacou que a sigla não foi sequer mobilizada para apoiar o presidente do Senado até o momento, o que seria mais um indício.

Substituto

O presidente do partido, Gilberto Kassab, já relatou a pessoas próximas que busca um substituto para Pacheco. O objetivo é ter um nome para marcar posição, mesmo que sem chances reais de vencer. As tratativas foram interrompidas na última semana após Kassab ser internado para monitorar os efeitos da Covid-19 depois de contrair a doença.

De acordo com pessoas próximas a Pacheco, ele quer manter o foco na atuação como presidente do Senado e eventualmente tentar a reeleição ao cargo em 2023, o que representaria um caminho mais seguro. O parlamentar também busca emplacar uma agenda positiva nas votações em plenário. Uma das pautas prioritárias para ele é a reforma tributária, embora parlamentares de diferentes matizes apostem que projetos complexos como esse não devem prosperar num ano eleitoral.

As ressalvas de Pacheco ficaram explícitas desde o ano passado, durante a convenção do PSD: enquanto Kassab insistiu no lançamento de sua pré-candidatura à presidência, o senador afirmava que ainda precisava pensar.

Pacheco também não descarta se candidatar ao governo de Minas Gerais, mas a possibilidade é vista como improvável devido às questões políticas locais. O PSD já tem um pré-candidato ao Palácio da Liberdade, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil. O alcaide polariza nas pesquisas com atual governador mineiro, Romeu Zema (Novo), com quem Pacheco mantém uma boa relação.

A candidatura de Zema é apoiada pelo DEM, antigo partido do senador e que hoje é presidido pelo deputado federal Bilac Pinto, que também é próximo de Pacheco. Uma eventual candidatura do presidente do Senado no Estado poderia gerar atritos tanto com correligionários do PSD quanto com antigos aliados.

Pacheco, que por muitas vezes protagonizou embates com o governo federal por ser visto como potencial adversário a Bolsonaro, agora dá sinais de aproximação. O principal deles é a intenção do Palácio do Planalto de escolher Alexandre da Silveira (PSD-MG) como líder do governo na Casa.

Silveira é suplente de Antonio Anastasia, que vai assumir em breve uma cadeira no Tribunal de Contas da União (TCU), e muito próximo a Pacheco, que desde abril do ano passado atuou pessoalmente para que ele assumisse a vaga de senador. Além disso, o senador indicou Silveira como diretor jurídico do Senado justamente para que ficassem mais próximos, o que também resultou numa aproximação com o Planalto no período.

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