Sábado, 20 de Abril de 2024

Home em foco Golpe que circula via mensagem de texto usa o nome da Amazon e de outras grandes empresas para enganar usuários que estão em busca de emprego

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Um golpe que circula via SMS usa o nome da Amazon e de outras grandes empresas para enganar usuários que estão em busca de emprego. A mensagem que chega às vítimas afirma se tratar de uma oportunidade para conseguir dinheiro rápido, em meio período ou período integral, mas acaba levando os interessados para uma conversa no WhatsApp que pode induzir a participação em esquema de pirâmide.

É importante dizer que existem algumas variações do mesmo golpe — no geral, elas seguem o mesmo modus operandi, trocando o nome da “empresa-isca”: Amazon, Mercado Livre, Sebrae e por aí vai.

Tudo começa com um SMS tentador, que promete trabalho de meio período ou período integral por “mais de 900 dias”. O remetente pode parecer confiável a um primeiro olhar: os short-codes, criados para facilitar a comunicação de empresas com seus clientes, são explorados pelos criminosos para tentar vender a ideia de credibilidade.

Esses números de cinco ou seis dígitos podem confundir as vítimas, já que, em geral, são utilizados por operadoras, bancos e outras grandes companhias.

Mas não se engane — em mensagens de golpe, eles costumam ser acompanhados de diversos erros de digitação, ortografia ou gramática. Além disso, o que notamos, em geral, é que os criminosos não se dirigem especificamente a uma vítima pelo nome.

A segunda etapa do golpe de emprego depende da vítima. Caso ela se interesse na oferta feita via SMS e clique no link para um chat via WhatsApp com um suposto recrutador. São vários perfis falsos de recrutadores. Em alguns casos, usam fotos clichê, daquelas feitas para o LinkedIn, em outros, parece uma foto tirada com a câmera frontal, mas sempre mantendo o tom profissional mais tradicional — com uma camisa social, gravata ou blazer, por exemplo.

Os falsos recrutadores usam números do Brasil (+55), mas têm respostas desconexas, muitas vezes sem coerência. Em um primeiro contato, a impressão é a de que você está recebendo mensagens automatizadas, entretanto, é possível que também se trate de uma operação realizada por pessoas estrangeiras, que traduzem as respostas com softwares como o Google Tradutor.

O golpista pergunta então qual é o seu nome, a sua idade e sua ocupação. Vale reforçar que a pessoa do outro lado insiste para que você concorde com o trabalho em questão.

Ao concordar, a suposta recrutadora dá mais detalhes sobre a operação.

“Deixe-me dar uma breve introdução a este trabalho. SKY MALL é uma plataforma de desconto de comissão online. Você só precisa de um telefone celular para concluir a tarefa. Após concluir o pedido feito pelo sistema, você pode receber uma comissão pela tarefa. São necessários 2-3 minutos para completar uma encomenda. É como fazer compras online. Agora vou levá-lo a ganhar R$ 20 em menos de 10 minutos. Certifique-se de que segue minhas instruções, está pronto para começar?”

O golpe segue com o envio de um link — a vítima é induzida a clicar e realizar um cadastro para criar a “conta de trabalho”. Ainda no WhatsApp, o golpista afirma se tratar de um “registro para uma conta de comerciante da Amazon”, mas o destino não tem nada a ver com o site da big tech.

Em nota, a Amazon nega o envolvimento com o suposto recrutamento. Em alguns casos, vimos a troca do nome da Amazon pelo do Sebrae, que também se pronunciou sobre o golpe, negando envolvimento.

Após confirmar o cadastro na plataforma (a suposta recrutadora pede o print de tela ou nome de usuário para confirmar o procedimento), chegam novas instruções. “Seu trabalho é pegar pedidos na plataforma de nossa empresa, que é ajudar a Amazon a aumentar as vendas por meio do modelo de compra do pânico, Depois de completar a tarefa, o comerciante lhe dará uma comissão e você poderá sacar o dinheiro. Para obter um pedido, preciso solicitar um pedido do comerciante, e você precisa depositar em sua própria conta de usuário.”

É aí que o golpista começa a negociar o seu “investimento”. Para persuadir o usuário, a recrutadora manda diversos prints de outros supostos colaboradores que tiveram seu dinheiro de volta após o depósito.

Procurando no Reclame Aqui pelo nome da tal empresa que afirma ter parceria com a Amazon (Skymall), é possível encontrar relatos de situações muito semelhantes. Em uma delas, a vítima perdeu cerca de R$ 12 mil.

A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) reforça que as pirâmides financeiras, aquelas que envolvem promessas de ganhos elevados e de curto prazo, são proibidas no Brasil.

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