Sábado, 18 de Maio de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 1 de novembro de 2021
Um dia, dirigindo o próprio carro, a norte-americana Sarah percebeu que a sua depressão estava tomando um rumo muito perigoso. O único pensamento da mulher de 33 anos era jogar o seu carro no pântano, ao lado da estrada. E botar um fim em sua vida.
Os médicos então mandaram Sarah deixar o emprego na área de tecnologia e retornar para a casa dos pais, pois morar sozinha não era mais seguro para ela. Parecia o fim da linha, depois de cinco anos e mais de 20 tratamentos sem sucesso, incluindo antidepressivos, choques e estimulação eletromagnética.
Sarah faz parte do grupo de pacientes de depressão que não reagem a nenhuma forma de terapia – cerca de um terço dos 250 milhões de pessoas que sofrem com a doença no mundo. Mas ela se tornou a primeira paciente a receber um tipo de tratamento experimental – feito sob medida – na Universidade da Califórnia, em São Francisco, nos Estados Unidos.
“Quando recebi o estímulo pela primeira vez, eu percebi que alguma coisa aconteceu. Eu senti a sensação mais intensa de alegria, por um momento, minha depressão era um pesadelo distante”, conta Sarah.
Agora, o equipamento vigia o cérebro da moça. Quando detecta sinais de que a paciente vai deprimir, o equipamento dá uma leve descarga elétrica na cápsula ventral, e devolve o cérebro de Sarah a um estado de normalidade. Em poucas semanas, os sintomas da única paciente do estudo desapareceram.
Tratamento no Brasil
No Brasil, já existem pacientes que carregam um marca-passo para neutralizar os sintomas da depressão. Um estudo desenvolvido na cidade de São Paulo analisou o tratamento com 20 pacientes. Uma das diferenças do estudo brasileiro é que o aparelho utilizado por aqui não é customizado, o que quer dizer que ele funciona do mesmo jeito para todos os pacientes.
O tratamento aqui também é experimental. E ainda falta muito para que o procedimento sirva de opção aos milhões de brasileiros que já não respondem ao tratamento convencional contra a depressão. Para os especialistas, novos tratamentos são muito bem-vindos quando o assunto é a depressão.
No Ar: Atualidades Pampa