Sábado, 20 de Abril de 2024

Home Brasil Ministério da Saúde não informa se comprará Coronavac para crianças e adolescentes; titular da pasta afirma “aguardar”

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O Ministério da Saúde não informou nessa quinta-feira (20), se comprará a vacina da Coronavac nem como será a distribuição do imunizante para ampliar a vacinação de crianças no Brasil. Ao contrário disso, o ministro, Marcelo Queiroga, disse que ainda aguarda publicação da decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Diário Oficial da União.

A agência aprovou nesta quinta-feira, 20, o uso da vacina produzida pelo Instituto Butantan, em crianças de 6 a 17 anos de idade que não sejam imunocomprometidas. A imunização de crianças, em meio à explosão de casos de covid, é considerada essencial para proteger esse público ainda vulnerável. Taxas de hospitalização de crianças têm aumentado e o Brasil é um dos países com mais óbitos infantis pela covid em todo o mundo.

Nessa quinta, a Anvisa analisou documentos enviados pelo Butantan, que demonstram a segurança e efetividade da Coronavac para a população pediátrica. A proteção do imunizante no Chile, país que já vem usando a Coronavac largamente em crianças, alcançou 90% contra hospitalizações. A vacina também apresentou alta taxa de segurança e poucas reações adversas.

Nas redes sociais, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que “todas as vacinas autorizadas pela Anvisa são consideradas para a PNO (Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra Covid-19). Aguardamos o inteiro (teor) da decisão e sua publicação no DOU (Diário Oficial da União)”, afirmou Queiroga.

Indagado sobre os planos de compra e distribuição do imunizante aos Estados, o Ministério da Saúde informou apenas que o posicionamento da pasta é o mesmo do que foi informado pelo ministro nas redes sociais. O Instituto Butantan informou, na tarde desta quinta, que ainda não houve manifestação do Ministério da Saúde para comprar a Coronavac. “Estamos aguardando as tratativas pelos próximos dias.”

O Estado de São Paulo começou a aplicação da Coronavac em crianças na tarde dessa quinta, logo após a aprovação da Anvisa. E o governador, João Doria (PSDB) disse que todas as crianças do Estado receberão a vacina em até três semanas.

A vacinação de crianças tem sido motivo de uma queda de braço entre a Anvisa e o presidente Jair Bolsonaro.

Bolsonaro já levantou suspeitas sobre supostos interesses da Anvisa em dar aval à vacinação infantil. Na ocasião, o presidente da agência, Antonio Barra Torres, publicou carta pública cobrando retratação por parte do Chefe do Executivo. Antigo aliado do presidente, Torres entrou nos holofotes depois que começou a rebater as insinuações de Bolsonaro contra a agência sanitária.

Nesta quinta-feira, após a aprovação da Coronavac para crianças na Anvisa, Barra Torres disse que o papel de decidir pela inclusão ou não do imunizante no plano nacional de vacinação não é da agência, mas do Ministério da Saúde. “A decisão sobre quando, como, onde e se a vacina se dará adotada pelo PNI (Programa Nacional de Imunizações) para crianças é do Ministério da Saúde.”

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