Quarta-feira, 13 de Novembro de 2024

Home Política Presidente da Petrobras nega crise e defende atuação do governo na estatal

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O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que não há qualquer abalo na relação que mantém com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou qualquer crise.

Conforme Prates, a empresa tem a União como controladora e é preciso desmistificar essa relação.

“Não há problema de o presidente falar sobre Petrobras. Ele dá orientações aos representantes do governo no conselho. Não há abalo na relação com o presidente Lula. A empresa realizou os melhores resultados da história no último ano. Esse ano não caiu dinheiro na conta de venda de ativo e tivemos o segundo melhor resultado da história. Registramos 13 recordes operacionais. Não há crise”, disse.

Prates ainda afirmou que conversará com o presidente Lula e com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sempre que eles quiserem. Segundo ele, o acionista controlador da Petrobras é o estado brasileiro e que é natural que os ministros orientem os conselheiros indicados pelo Executivo.

Ele também reforçou que uma Assembleia Geral Extraordinária será realizada nesta quinta-feira (25), no mesmo dia da Assembleia Geral Ordinária, para votar o pagamento de 50% dos dividendos extraordinários que haviam sido integralmente retidos.

O pagamento de metade dos proventos, estimados em R$ 43,9 bilhões, foi proposto pela diretoria da empresa, com base em dados técnicos.

Se aprovada a proposta da distribuição de 50%, cerca de R$ 6 bilhões chegarão como reforço ao caixa da União, principal acionista da companhia.

Lula

O presidente Lula afirmou, durante café da manhã com jornalistas nesta terça-feira (23), que a Petrobras “nunca teve crise”. “A crise da Petrobras é o fato de ela ser uma empresa muito grande”, falou. “A Petrobras tem essa crise, uma crise de crescimento”, completou.

O petista se referiu a divergências com o presidente da companhia, Jean Paul Prates, a respeito de distribuição de dividendos. “O fato de você ter um desentendimento, uma divergência, uma colocação equivocada, faz parte da existência do ser humano”, disse ele. “A Petrobras está tranquila.”

O debate sobre a distribuição dos dividendos extraordinários, iniciado em março, colocou em lados opostos o presidente da Petrobras e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que teve, nesse episódio, o apoio do presidente Lula. Especulou-se, à época, que Jean Paul Prates poderia deixar o comando da estatal, o que acabou não acontecendo.

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