Quinta-feira, 16 de Janeiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 9 de agosto de 2022
Divulgado nesta terça-feira (9) o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apontou deflação de 0,59% na Região Metropolitana de Porto Alegre em julho, menor que a registrada pelo Brasil no mesmo período (-0,68%). O termo é utilizado quando há processo inverso à inflação, ou seja, redução média no valor pago por uma série de produtos e serviços pesquisados.
O levantamento é realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já no acumulado pelo mesmo grupo de cidades ao longo dos últimos 12 meses, houve alta de 8,69% (contra 10,07% no País como um todo).
Esse resultado negativo foi impactado pelas baixas nos preços de transporte (principalmente por conta dos valores menores da gasolina nos postos de combustíveis) e habitação (graças à redução nas tarifas de luz residencial).
Já itens como alimentação e bebidas, saúde e cuidados pessoais, artigos de residência, educação e comunicação, vestuário e despesas pessoais puxaram a média para cima. Os maiores vilões, nesse caso, foram os aumentos do leite, mamão e banana. A média para esse semento só não ficou maior porque batata, tomate e cenoura estavam mais baratos em julho.
Brasil
Em âmbito nacional, o IPCA caiu 0,68% no mês passado, menor taxa desde janeiro de 1980, quando o IBGE passou a fazer o levantamento, com base em famílias de renda mensal entre um e 40 salários-mínimos. Em junho, o índice havia subido 0,67%. No acumulado do ano, a inflação acumulada é de 4,77%.
Dos nove grupos de produtos e serviços conferidos pelo Instituto, dois apresentaram deflação em julho, enquanto os outros sete subiram de preço. O resultado geral negativo para o sétimo mês de 2022 teve como principal influência o item transportes (-4,51%).
O setor responsável pela pesquisa avalia que o índice foi pressionado pela queda na tarifa de energia e no preço dos combustíveis – gasolina (-15,48%), etanol (-11,38%) e o gás veicular (-5,67%).
Essa redução impactou em uma baixa média de 4,51% nos valores para o grupo transportes e acabou refletindo no item habitação, com barateamento médio de 1,05% a partir da redução de 5,78% na conta de luz. Foram os dois únicos grupos com variação negativa no mês.
Já a maior variação positiva, por sua vez, veio do item alimentação e bebidas: 1,3%. Em relação a junho, houve alta de 0,8%).
Vestuário (0,58%) e saúde e cuidados pessoais (0,49%) seguiram movimento inverso, desacelerando em relação ao mês anterior, quando registraram 1,67% e 1,24%, respectivamente. Os demais grupos ficaram entre os índices de 0,06%, de educação, e de 1,13%, de despesas pessoais.
(Marcello Campos)
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