Domingo, 15 de Setembro de 2024

Home Política Cármen Lúcia nomeia três mulheres para cargos estratégicos no comando do Tribunal Superior Eleitoral

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A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) e nova presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, escalou a delegada da Polícia Federal (PF) Kátia Gonçalves para cuidar da segurança institucional da corte. Ela vai substituir Disney Rossetti, que estava no cargo desde 2020.

Kátia tem uma carreira de 20 anos na PF, onde atuou como corregedora desde 2010. A presidente do TSE também escolheu a professora Roberta Gresta para a direção geral do tribunal e a desembargadora Andréa Pachá para a secretaria-geral.

Desde que a Justiça Eleitoral passou a ser alvo de ataques e campanhas de desinformação, a chefia da Assessoria Especial de Segurança e Inteligência do TSE é tida como um cargo estratégico. Entre as incumbências do posto, estão a proteção dos ministros da corte, o patrimônio do tribunal e as estratégias de segurança institucional e técnica das eleições gerais e municipais.

A ministra foi a primeira mulher na presidência do TSE e a única a ocupar o cargo mais de uma vez. Ela atua no tribunal eleitoral há 16 anos, e seu primeiro mandato à frente do tribunal foi entre 2012 e 2013. A gestão atual, iniciada na última segunda-feira (3), deve ir até 2026.

Além de Cármen, há apenas uma mulher titular na corte eleitoral, Isabel Galotti. No Supremo, a ministra é a única mulher desde a aposentadoria de Rosa Weber, em outubro de 2023.

Posse

Em seu discurso ao tomar posse no TSE, a ministra fez críticas às fake news e ao discurso de ódio que se alastram em redes sociais.

“É preciso ter em mente que ódio e violência não são gratuitos. Instigados por mentiras e vilanias, reproduzem-se e esses ódios parecem transponíveis. Não são. Contra o vírus da mentira, há o remédio eficaz da liberdade de informação séria e responsável. A raiva desumana que se dissemina produzindo guerras entre pessoas e entre nações tem preço, e o preço pago por ceder ao medo e aos ódios é a nossa liberdade mesma”, disse ela.

Cármen Lúcia também disse que usar as redes sociais para espalhar desinformação é um “instrumento dos covardes e egoístas”.

A ministra vai comandar a Justiça Eleitoral durante as eleições municipais de outubro. Um dos principais desafios será o controle das fake news, ainda mais impulsionadas pelo avanço da tecnologia, e o combate ao uso da inteligência artificial com fins de manipulação eleitoral.

“A mentira digital, multiplicada em cada extensão planetária, não vira verdade, não desfaz os fatos, não engole a liberdade, mas é fabricada para destruir as liberdades. Instrumento espúrio, a mentira digital maquia-se como lantejoulas brilhosas nas telas, a seduzir o olhar e cegar o raciocínio sobre o que é mostrado. Mentira amolece a humanidade porque planta o medo para colher a ditadura, individual ou política”, continuou.

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